Home Office e Cibersegurança 5 2020
Acompanhando as medidas de afastamento social e implementação de home office para conter a pandemia da Covid-19, empresas têm investido pesado no uso de VPN (sigla em inglês para rede privada virtual) para que colaboradores acessem remotamente dados que só estariam disponíveis in loco. Com essa tecnologia, dispositivos externos trabalham em rede com os internos, em um sistema que protege a privacidade online. Com o aumento de 70% do fluxo na internet, conforme dados do Kantar Consulting, o risco também aumentou.
Com este cenário de isolamento, a NordVPN, uma das principais plataformas de Rede Privada Virtual do mundo, registra que as pessoas estão trabalhando pelos menos duas horas a mais por dia. O uso de desktop subiu 91% e de VPNs empresariais cresceu mais de 200% em média, no mundo.
Com 42% do setor administrativo do Grupo A.Yoshii atuando em home office, a área de tecnologia da informação da construtora precisou investir em ferramentas de colaboração e digitalização de processos, além de segurança da informação para o acesso remoto, com melhorias e upgrades em VPN, firewall, licenças e ferramentas para videoconferências em grupo. As soluções já estavam implementadas na empresa, mas o momento pediu um protocolo de segurança ainda mais rigoroso.
Para o gerente de TI do Grupo A.Yoshii, Michael Vicentim, a preocupação com o vazamento de dados existe da mesma forma num ambiente corporativo tradicional, mas as tecnologias disponíveis e recém-implementadas conferem mais segurança para este novo cenário. "Para se conectar dentro desses ambientes é necessária uma liberação, ou seja, não é qualquer pessoa que fará a conexão remota. Hoje, os ambientes estão muito evoluídos. Problemas de vazamento e de fraude podem ser recorrentes em ambientes corporativos, até quando o trabalho não é feito home office. Por isso, a preocupação e o investimento nessas ferramentas são essenciais", comenta Michael.
Para garantir a eficiência e produtividade, os colaboradores mantêm contato diário com gestores em videoconferências. Grupos em aplicativos de mensagens instantâneas e agendas de atividades ajudam a organizar o fluxo de trabalho. "Na área de TI, estamos em quatro, no total, três atuando em home office e um in loco. Nos falamos o tempo todo e pelo menos uma vez por dia nos reunimos em chamada de vídeo com checklists dos principais pontos. Semanalmente, a diretoria também se reúne por vídeo, então os trabalhos e prioridades da empresa não foram totalmente afetados", diz o profissional.